A política por trás da ciência: proteção e conservação de recursos vivos marinhos na Antártida, 2005-2018
Resumo
Este artigo analisa as interações entre membros da Comissão para a Conservação de Recursos Marinhos Antárticos durante o debate sobre as Áreas Marinhas Protegidas (amp) na Antártida, desde 2005 até 2018. Para sua abordagem, foram coletados dados de relatórios finais das reuniões anuais da Comissão, novidades institucionais desse fórum antártico e informação publicada pelos Programas Nacionais Antárticos de países que o integram. A partir de uma estratégia indutiva de análise, este artigo afirma que essas interações estão baseadas em: 1) acordos bilaterais e multilaterais sobre a Antártida, que delimitam as ações dos Estados que participam desse fórum; 2) dilemas entre os membros da Comissão sobre a conservação da biodiversidade marinha e 3) interesses estatais e não estatais na gestão de recursos vivos marinhos antárticos que, potencialmente, poderiam convergir. Essas três características permitem compreender que a disputa pela gestão dos espaços antárticos é uma forma sutil de fazer geopolítica, por meio da definição de critérios ambientais para designar amp ou estabelece mecanismos de gestão e avaliação. Este artigo tem como propósito contribuir para a discussão sobre ciência e política no sistema do Tratado Antártico.
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