Um equilíbrio bayesiano de Nash: concorrência à Cournot sob informação assimétrica e produtos diferenciados
Resumo
Este artigo é um aporte teórico em dois campos da economia: teoria de jogos e organização industrial. Apresenta-se um equilíbrio bayesiano de Nash-Cournot quando duas empresas competem em quantidades produzidas. Uma das empresas tem informação completa sobre seus custos e sobre os de sua concorrente. Mas a outra empresa só conhece os custos próprios e atribui probabilidades aos possíveis custos de sua concorrente. Os bens produzidos pelas empresas podem ser desde completamente homogéneos até completamente heterogêneos. O grau de substituição dos produtos determina os efeitos no equilíbrio, tanto dos custos próprios como dos custos da outra empresa nas quantidades de equilíbrio. A análise de estática comparativa do equilíbrio indica que os custos próprios de cada empresa fazem com que diminuam em maior proporção as quantidades de equilíbrio quanto maior for o grau de substituição dos produtos. Por outro lado, os custos da outra empresa fazem com que aumente em maior proporção as quantidades de equilíbrio à medida que os produtos forem mais homogéneos ou substituíveis.Downloads
Referências
Allen, F (1984). Reputation and Product Quality. En Rand Journal of Economics, 15: 311-327. http://dx.doi.org/10.2307/2555440
Bertrand, J. (1883). Théorie Mathématique de la Richesse Sociale. En Journal des Savants: 499-508.
Cournot, A. (1838). Recherches sur les Principes Mathématiques de la Théorie des Richesses. English edition (ed. N. Bacon): Researches into the Mathematical Principles of the Theory of Wealth (New York: Macmillan, 1897).
Chamberlin, E. (1933). The Theory of Monopolistic Competition. Cambridge, Mass.: Harvard University Press.
Chan, Y & H. Leland. (1982). Prices and Qualities in Markets with Costly Information. En Review of Economic Studies49: 499-516. http://dx.doi.org/10.2307/2297283
Dixit, A., & J. Stiglitz (1977). Monopolistic Competition and Optimum Product Diversity. En American Economic Review67: 297-308.
Gabszewics, J. & J.-F. Thisse, (1979). Price Competition, Quality and Income Disparities. En Journal of Economic Theory, 20: 340-359. http://dx.doi.org/10.1016/0022-0531(79)90041-3
Gibbons, R. (1992). Un primer curso de teoría de juegos. Barcelona: Antoni Bosch Editor.
Harsanyi, J. (1967). Games with Incomplete Information Played by Bayesian Players Parts I, II and III. EnManagement Science, 14:159-82,320-32,486-502.
Hirshleifer, J. (2000). Microeconomía: teoría de precios y sus aplicaciones. México: Editorial Prentice-Hall.
Hotelling, H. (1929). Stability in Competition. En Economic Journal, 39: 41-57. http://dx.doi.org/10.2307/2224214
Kihlmstrom, R., & D. Levhari. (1977). Quality, Regulation, Efficiency. En Kyklos, 30:114-234.
Lancaster, K. (1966). A New Approach to Consumer Theory. En Journal of Political Economy, 74: 132-137. http://dx.doi.org/10.1086/259131
Nash, J. (1950). Equilibrium Points in n-Person Games. En Proceedings of the National Academy of Sciences, 36: 85-98. http://dx.doi.org/10.1073/pnas.36.1.48
Salop, S. (1979). Monopolistic Competition with Outside Goods. En Bell Journal of Economics, 10: 141-156. http://dx.doi.org/10.2307/3003323
Shaked, A. & J. Sutton. (1982). Relaxing Price Competition through Product Differentiation. En Review of Economics Studies, 49: 3-13. http://dx.doi.org/10.2307/2297136
Spence, M. (1976). Product Selection, Fixed Cost and Monopolistic Competition. En Review of Economic Studies, 43: 217-235. http://dx.doi.org/10.2307/2297319
Tirole, J. (2001). The Theory of industrial Organization. Cambridge: The MIT Press.