Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: uma análise quantitativa

  • Luís Abel Da Silva Filho Universidade Regional do Cariri
  • Fábio José Ferreira Da Silva Banco Central do Brasil
  • Silvana Nunes De Queiroz Universidade Regional do Cariri
Palavras-chave: Mercado formal do trabalho, Brasil, Juventude, Emprego.

Resumo

Na década de 1990, a alta taxa de desemprego era parte da realidade do mercado de trabalho brasileiro. Neste cenário, a mão de obra juvenil foi a mais penalizada ao ter as taxas mais baixas de emprego, com a maioria de ocupados no setor informal e a obtenção de rendimentos baixos. No entanto, durante a primeira década deste século, a dinâmica do mercado de trabalho nacional foi diferente da observada na última década, sobretudo desde 2004, com o aumento na criação de postos de trabalho formais. Portanto, o presente artigo tem como objetivo analisar o mercado de trabalho de menores e jovens (em idades entre 14 e 24 anos). O marco de tempo desta análise cobre nos anos 1992, 2002 e 2012; os dados correspondem à Informação Social Anual (RAIS), do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE). Metodologicamente realizou-se uma revisão da literatura relacionada à inserção dos jovens nas atividades de trabalho, e calculou-se um indicador para a estimativa da participação dos jovens ocupados formalmente no Brasil. Os principais resultados mostram que entre 1990 e 2000 piorou a entrada dos jovens no mercado de trabalho brasileiro. Além do mais, encontrou-se que a formalização promovida durante a década do 2000, não atingiu à mão de obra formal de jovens.

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Referências

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Como Citar
Da Silva Filho, L. A., Ferreira Da Silva, F. J., & Nunes De Queiroz, S. (2015). Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: uma análise quantitativa. Revista Facultad De Ciencias Económicas, 23(2), 21–34. https://doi.org/10.18359/rfce.1605
Publicado
2015-06-30
Seção
Artículos